Rio im Juni - Rio em Junho

Portugiesisch von Delaine Pastor Kühn

5. Juni 2010

Irgendwie seltsam, dass das Thema Wetter für mich so interessant geworden ist. Aus Flensburg stammend ist das Wetter Rios für mich nämlich ein Wunder. Vielleicht finde ich das Wetter in Rio aber auch deshalb so spannend, weil es ganz anders ist, als ich es mir in Deutschland vorher ausgemalt hatte. Diese Andersartigkeit ist schwer zu beschreiben. Tatsächlich ist es für meine Gefühle immer warm hier. Sucht man objektive Parameter zur Beschreibung dieses Phänomens, so lässt sich das Thermometer zu Rate ziehen. Der tiefste von mir selbst erlebte Celcius-Wert während meines mittlerweile anderthalb Jahre dauernden Aufenthaltes in Brasilien war 16 Grad. 16 Grad ist in Flensburg ein mehr als akzeptabler Wert. In Rio ist er unangenehm. Man friert wie Sau. Aber meist nicht lange, weil, eh man sich es versieht, ist es schon wieder 26 Grad warm.

  De algum jeito estranho, o assunto temperatura ficou interessante pra mim, que como uma pessoa, que vem de Flensburg (Norte da Alemanha), vejo a temperatura do Rio, realmente, como um milagre. Talvez, eu acho a temperatura do rio tão interessante, porque quando eu ainda morava na Alemanha, eu o imaginava muito diferente. Essa diferença é dificil de descrever. A minha impressão é que aqui está sempre quente. Procurando parâmetros objetivos para descrever esse fenômeno, sou ajudado pelo termômetro. Eu moro no Rio há quase um ano e meio e a temperatura mínima, que já presenciei aqui foi de 16 graus C. 16 graus na alemanha é uma temperatura muito aceitável. Mas no Rio é muito desagradável. É frio pra caramba, mas não dura muito tempo, porque logo fica quente novamente, e termômetro bate 26 graus.

 

Der Naturwissenschaftler erklärt das Frieren auch bei Werten von über 20 Grad mit der höheren Luftfeuchtigkeit. Ich glaube nicht so richtig daran. Frieren bei 22 Grad lässt sich für einen Flensburger gar nicht erklären. Ich versuche es dennoch.

 

Os cientistas explicam, que as pessoas podem sentir frio também com temperaturas superiores à 20 graus, devido à alta umidade do ar. Eu não acredito muito bem nisso. Sentir frio com 22 graus, não é explicável para um „Flensburguense“. Mas eu tentarei explicar.

 

 

Während der meisten Monate im Jahr herrscht in Rio eine bullige Wärme, die alles dominiert. Diese sehr starke Wärme hat m. E. nichts mit der Sommerhitze in Europa zu tun, wie ich sie erinnere. Die Sommerhitze Europas hat etwas von einer übertriebenen Entladung nach langer

ungerechter Kälte, etwas Aggressives und Nervöses, das punktuell auftritt. 30 Grad und mehr habe ich in Deutschland gleichermaßen selten erlebt wie selten als angenehm empfunden. In Rio kann ich 40 Grad gut aushalten, in Griechenland gehe ich bei 37 Grad ein wie eine Primel. Die Wärme Rios ist nicht so feindselig, wie die Hochsommerhitze Südeuropas, die alles Grüne zu braun-grauem Staub verbrennt. Deshalb bleibe ich bei der Bezeichnung „starke Wärme“, wenn ich über das niemals verbrannte und immergrüne Rio spreche. Diese Wärme ist erstaunlich würzig und mächtig und haut dich jedes Mal wieder um, wenn du aus einem klimatisierten Geschäft, Supermarkt, Auto oder Büro kommst. Die Macht dieser erdig riechenden, gewaltigen Wärme scheint nicht mit einer mehr oder weniger starken Sonneneinstrahlung zu korrespondieren, auch vor Tag oder Nacht macht sie kaum Unterschiede. Die Wärme ist immer und überall. Man schwitzt unentwegt und muss ständig duschen, wenn man – wie die Cariocas – Wert darauf legt, nicht zu riechen. Die Wärme ist der rote Faden Rios, der alles irgendwie miteinander verbindet und in Beziehung setzt. Diese Wärme hat etwas Rauschhaftes. Einen Schutz vor Arbeit stellt sie dagegen nicht dar. Die Einwohner Rio de Janeiros arbeiten viel härter und länger, als ich es aus Deutschland her kenne. Das wenigstens haben Unter- und Oberschicht gemeinsam: Wenn Arbeit, dann nicht unter 12 Stunden täglich.

 Na maioria dos meses do ano impera, no Rio, um calor intenso, que domina tudo. Esse calor forte, é, na minha opinião, muito diferente do calor de verao na Europa. O calor europeu tem, como característica, uma descarga exagerada de calor, depois do injusto inverno, algo agressivo e nervoso com pontualidade. Eu presenciei, raramente, na Alemanha temperaturas superiores a 30 Graus, assim como, raramente, me senti confortável, com tais temperaturas. No Rio consigo suportar 40 graus muito bem, já na Grécia com 37 graus, derreto como um picolé. O calor do Rio não é tão avalassador, quanto o calor do verão do Sul europeu, que transforma todo o verde em marron-cinza queimado. Por isso, fico com a denominação „Calor forte“, se eu falo do Rio, que nunca fica marron-cinza queimado e continua sempre verde. Esse calor é surpreendentemente aromático, potente e, é sempre uma grande sensação, se você sai de uma loja, supermercado ou carro com ar-condicionado. A força dessa terra aromática e calor intenso não corresponde aos raios solares, se estao intenso ou fracos, até mesmo dia e noite não apresentam grande diferença. O calor está sempre presente. As pessoas transpiram constantemente e precisam tomar vários banhos, se as pessoas, assim como, os cariocas derem importância em não ficar com mau cheiro. A temperatura alta é o que dá sentido ao Rio, que estão conectados e sintetizados. Essa alta temperatura é como um porre. Não é impedimento para o trabalho. Os habitantes do Rio trabalham mais duramente e por mais tempo do que as pessoas na Alemanha. Pelo menos, os pobres e os ricos tem algo em comum em relação ao trabalho: Quando trabalham, trabalham sempre mais que 12 horas diárias.

 Auch ich springe hier morgens nicht leicht aus dem Bett. Um 5.30 Uhr ist der Krieg gegen Nachtschwüle und brüllenden Lärm der Aircondition gerade vorbei, da fängt der Tag plötzlich an. Du liegst in deiner Soße, die zwar keine Blutlache ist, aber dennoch Zeugnis über die nächtlichen Kriegshandlungen ablegt. Rasieren geht nur vorm Duschen. Der Gedanke an lange Hose, Socken und geschlossene Schuhe ist ein quälender. Aber wenn ich dann mit meinem Auto durch den Tunnel Velho fahre und in Botafogo schon die Sonne aufgegangen ist, dann bin ich meistens fit und ungewöhnlich wach. Die Wärme trägt dich gemeinsam mit deinen Mitmenschen auf einer ganz speziellen Welle durch den Tag. Die Wärme schlaucht dich, verbindet dich mit allen und allem, macht dich müde und trotzdem aufmerksam. Abends bist du wieder ganz wach und das milde, eiskalte brasilianische Bier schmeckt dir besser denn je.

Eu também me levanto com muita dificuldade da cama. O dia começa para mim, às 5:30, e assim, acaba a guerra contra a noite abafada e o barulho do ar-condicionado. Eu nado no meu suor, que não é sangue, mas testemunha de uma noite de guerra. Só posso me barbear, se for antes do banho e, é um sofrimento pensar em usar calças comprida, meias e sapatos fechados. Mas quando atravesso o túnel velho com o meu carro e, já em Botafogo, vejo o Sol brilhante, aí me sinto em forma, renovado e, extraordinariamente, acordado. O calor te coloca junto ao próximo de uma forma especial. O calor te exausta e te liga a tudo e a todos, te faz cansar e, ao mesmo tempo, atencioso. À noite você está de novo acordado e esperto. E a suave, mas geladíssima cerveja brasileira é, como se fosse, a cerveja mais saborosa do mundo. 

 

Was passiert nun im Juni, im Spätherbst, wenn die Wärme auf einmal nicht mehr bullig ist? Es wird Winter! Nicht dass es im Juni richtig kalt wäre. Es ist eher so, wie an einem schönen Tag im Mai in Flensburg, mit dem Unterschied, dass es hier bereits um 17.30 Uhr dunkel ist, dafür aber einigermaßen warm bleibt. Die Touristen, die jetzt noch in Badehosen durch die Straßen meines Stadtteils Copacabana laufen, wirken bizarr auf mich. Mein Jahreszeitengefühl ist also noch da und inzwischen sogar genauso verschoben, wie mein Kälteempfinden. Konnte ich 2009 im Januar noch keine richtigen Sommergefühle generieren, so war dies in diesem Jahr kein Problem mehr. Und jetzt im Juni ist für mich amtlicher Spätherbst. November irgendwie. Das Licht gibt mir Recht: Es ist ebenfalls herbstlich, was aber keinem weiter aufzufallen scheint. Den skandinavischen Touristen, die es auch im Juni schaffen, sich die Haut auf Krabbenfarbe zu burnen, jedenfalls bestimmt nicht.

O que acontece agora em Junho, final de outono, quando a temperatura, de uma vez, não for mais tão alta? Será Inverno! Não, que em junho não seja, realmente, frio. É como se fosse um lindo dia de maio em Flensburg, com a diferença de que aqui escure às 17:30, porém a temperatura não cai muito. Os turistas, que continuam andando com roupas de praia, onde eu moro (Copacabana), me parecem sem noção. Minha sensação é de um inverno deslocado, com minha sensacao de frio. Em janeiro de 2009, eu não conseguia ter a real sensação de verão, mas esse ano já consegui perfeitamente. E, agora, junho, é pra mim final de outono. Tipo novembro. Somente a claridade do dia, me dá razão de que é Outono, porém essa semelhança, acaba por aí. Com certeza, os turistas do Norte da Europa, que conseguem, também em junho, ficar vermelhos como camarão, não percebem essa diferença.

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Kommentare: 4
  • #1

    uwebrunn (Samstag, 05 Juni 2010 17:56)

    Klasse geschrieben! War mir früher des öfteren erzählt worden, Auswanderer, die in warme Klimazonen umgezogen waren, hätten nach einiger Zeit Sehnsucht nach dem vertrauten Wechsel der Jahreszeiten bekommen, dann kann ich nach 3 Jahren nur sagen, dass das für mich nicht zutrifft - dieses Klima macht süchtig...

  • #2

    Ludwig Seitz (Samstag, 05 Juni 2010 20:37)

    Interessante Weisheiten zum Wetter in RIO. Leider habe ich in SP morgens um 6:00 h schon 6 Grad erlebt und dies ist dann einfach nur kalt . Und eigentlich geht es den Schweden wie Dir: sie verhalten sich entsprechend ihrer Wettererfahrung im eigenen Land. Und dass es warm ist, kann man dann eigentlich an ihrer objektiv verbrannten Haut erkennen.

  • #3

    Juergen Kuehn (Samstag, 05 Juni 2010 21:09)

    Deine Wetterbeobachtungen sind faszinierend. Nicht nur fuer Flebsburger, sondern auch fuer Deine Verwandten im sommer-schwuelen Bonn ein Wunder. Allerdings aendert sich das Wetter-Empfinden mit dem Alter. Als Kind kannte ich nur kalte Winter und warme Sommer. Je aelter ich wurde, desto mehr liebte ich Fruehling und Herbst. Gibt es das auch in Rio? Spielt in Rio das global warming eine Rolle? Nach einem langen, unfreundlichen Winter glauben wir nicht so recht daran. Bitte schicke uns mehr persönliche Wettererlebnisse und Rio-News!

  • #4

    Mathias Chanell (Samstag, 12 Juni 2010 02:05)

    Roberto, ich umarme dich!
    Wunderbar geschrieben, schön fotografiert, mmmmh.
    Spricht mich an, behalte ich bei mir, nehm ich - irgendwann, irgendwohin - mit.
    Ich freu mich auf mehr...

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